Por Patrice Gaidzinski. |
A sucessão em empresas familiares é um desafio essencial para garantir a continuidade do negócio de geração em geração. Normalmente os fundadores desejam que seus descendentes assumam a liderança, mantendo o legado e os valores da família. Para isso, é fundamental planejar a sucessão de maneira cuidadosa, preparando futuros líderes e orientando as novas gerações sobre como contribuir e agregar valor à empresa.
A sucessão envolve transferir poder e capital entre os membros da família, e esse processo pode ser mais simples ou complexo, dependendo da estrutura familiar e dos valores compartilhados. Fatores como a educação sobre riqueza e poder, as relações interpessoais e a dicotomia entre família e empresa são cruciais para uma transição harmoniosa. O poder e a autoridade na empresa vão mudando com o tempo. Após a fase do fundador, novas regras e uma administração profissional tornam-se necessárias para evitar conflitos e lutas de poder. A confiança mútua entre os membros da família é fundamental e deve ser baseada em valores comuns e normas de obrigação moral. A governança corporativa e familiar também desempenha um papel crucial na sucessão, fornecendo estrutura e disciplina através de fóruns de tomada de decisão e ferramentas de gestão. Um bom planejamento da sucessão envolve comunicação clara entre todos os envolvidos (sucedido, sucessor, empresa e família), e deve ser visto como um processo contínuo, não um evento único. Seguir essas premissas ajuda a garantir que a empresa permaneça sólida e próspera, mantendo a tradição e os valores familiares, enquanto se adapta às necessidades e desafios de cada geração. Com uma sucessão bem planejada, a empresa familiar pode continuar a crescer e evoluir, perpetuando o sucesso e a união familiar
Patrice GaidzinskiFundadora e diretora da Posterità, onde atua na implementação de práticas de governança corporativa e de governança familiar, e na elaboração de acordos de acionistas, protocolos familiares e processos de sucessão familiar para assegurar a perenidade das empresas familiares. Presidente do conselho de administração da MG5 Administração e Participações S/A. Também foi conselheira da FBN Internacional, principal organização mundial de famílias empresárias. |
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